quinta-feira, 25 de junho de 2020
Hipotético nono Pt. III
domingo, 21 de junho de 2020
Hipotético nono Pt. II
dia sim, dia não
a 60 UA de distância
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Biruta
Lembrei de uma cena de Beleza Americana onde um saco plástico rodopia aos favores do vento: Há tanta beleza no mundo que chega a doer; disse o personagem, algo assim, não essas palavras, mas de fato ele tem razão, em toda sua potência as coisas nos engolem ou nos apequenam e essa intensidade no fim não tem medida certa, aliás, são os nossos resistores que são variáveis.
Naquele dia foi o vento, passados alguns instantes, fui minimizando os efeitos, mensurei os prejuízos, organizei o que podia, e providenciei os reparos, atravessei o lago e pisei na mesma terra em que ganhei e perdi de tudo e mesmo juntando os pedaços até hoje eu espero outro vento.
sábado, 11 de janeiro de 2020
Hipotético nono - Pt. I
todo encontro se realiza?
não será como naquele dia
se lembra?
sua cara pintada
minha cara esquisita
e de tudo que aconteceria
uma aconteceu
podia ser diferente
sempre que vou ao mercado
eu me lembro do pente
que um de nós colocou no casaco
dias indomáveis
uma ideia venceu
e para os três
a consequência ficou
60 UA de distância
podíamos ter ido passear
atrás do hospital
como fazíamos
talvez esteja em orion
betelgeuese vai explodir
será que algum filho vai ver?
será que algum filho meu?
ou dela?
meu e dela?
ela espera ser arrebatada...
domingo, 22 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Meu eu expeniandis....
Insiste em bater para me avisar que nada está perdido
E que um dia esse desconsolo será nota de rodapé
Mas insisto em desfrutar da frustração que se avizinha
Meu peito aperta para querer te calar.
Bate, bate, bate me mostra que aquilo que sinto
É ínfima fração de um bem maior que nunca jaz
É que nela eu pus minha prece mesmo não fazendo sentido
Era nela que eu queria de alguma forma me afirmar
Bate velho no peito, e ecoa o mesmo sentido
Mas presta atenção que o céu e as estrelas estão sempre a girar
Então erga a cabeça agora e em prece estique um sorriso
E lembra que só há um destino, e esse mundo há de passar.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Sem título
Eu queria ter um carro
Eu tenho uma estrada mas não um carro
Tenho coisas pra levar e já deixei muitas no caminho
Podem até fazer falta algum dia, mas estão pelo caminho
Tenho tempo pra chegar mas não sei o quanto resta
Eu queria ter um carro
Pra poder ver muitas coisas que não vejo de onde estou
E que se eu for andando à pé acho que nunca verei
Mas por que sofrer por isso?
Já vivi querendo muito achando que tinha pouco
Mas na verdade o que eu tenho é que é suficiente
E as coisas que eu deixei que fiquem lá onde estão
Peço a Deus a consciência que aqui nada terei
O que aparece no caminho não é meu e de ninguém