domingo, 16 de janeiro de 2011

Honestamente...

O perigo da melancolia está no gosto licoroso que ela tem.
O falso senso de segurança que ela traz está alicerçada em sonhos irrealizáveis.
É mais seguro viver assim do que construir uma base sólida e real.
É a tal zona de conforto.
São amigos imaginários que nos acompanham para onde formos.
Se quisermos (e sempre queremos) eles nos acompanharão sempre, e passamos a viver sob sua influência.
É a tentação de consertar o dente torto da puta que aparece em nossa vida.
E não reparar que nosso próprio dente tá podre.
É deixar o edifício da vida real para ir para o barraco da ilusão.
Queremos ser heróis, pensamos que nascemos para isso.
Vez ou outra é bom se sentir sujo.
Constatar que a humanidade não redime ninguém.
Somos todos iguais.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tcham, nam, nam, nam!

Não posso acreditar que você está me fazendo acreditar que és uma puta.

O véu caiu né? E o que se faz agora?

Juro que prefiro desse jeito. O problema é que você ainda não sabe que eu sei.

Aliás, problema não, cada um na sua, você segue pela webcam e eu com meus fones de ouvido.

Ultimamente tenho me divertido muito com essa situação. Deus é Pai e não padrasto.

Tava tudo dando errado e eu ainda pensava que poderia consertar as coisas. Partindo do falso pressuposto de que só eu estava errado, afinal, eu ainda não conhecia o seu dark side of the moon. Desse jeito, as coisas só poderiam dar errado. Aliás, não deram em nada né? Eu não recebi nada e nem comi pastel.

Mas o sol continua o mesmo, e os erros também.

Procuro não cometer mais os mesmos, mas não posso carregar você comigo.

Entenda que não te respeito menos que antes, mas não podemos ir contra os fatos. Quem não respeita quem?

È, acho que é o fim.

Se ficou alguma coisa?

A vontade de ter te conhecido sem a burka.